Conheça os principais direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso

Envelhecer com dignidade é um direito de todos. E esse direito está amparado por uma legislação específica: o Estatuto do Idoso, instituído pela Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante a proteção da infância, o Estatuto do Idoso tem como objetivo assegurar os direitos fundamentais das pessoas com 60 anos ou mais, promovendo o respeito, a integridade e a cidadania dessa população.

Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, é essencial que familiares, cuidadores e a sociedade estejam cientes desses direitos, para garantir não apenas um envelhecimento saudável, mas também justo e protegido por lei.

O que é o Estatuto do Idoso?

O Estatuto do Idoso é uma legislação que estabelece diretrizes para a proteção integral da pessoa idosa, abrangendo aspectos familiares, sociais, econômicos, culturais e jurídicos. Ele também define penalidades para casos de violência, negligência, abandono, discriminação e desrespeito contra o idoso.

Trata-se de um avanço importante na valorização do envelhecimento como um direito social, reconhecendo a pessoa idosa como sujeito de direitos e deveres, com protagonismo em sua própria história de vida.

Principais direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso (Art. 3º da Lei 10.741/2003)

De forma clara e abrangente, o Estatuto do Idoso estabelece os seguintes direitos:

Direito à vida: o idoso tem direito à existência digna, com qualidade de vida, saúde e proteção contra qualquer tipo de negligência.

Direito à saúde: acesso universal e igualitário aos serviços do SUS, incluindo prevenção, promoção e recuperação da saúde.

Direito à alimentação: políticas públicas que garantam a segurança alimentar e nutricional.

Direito à educação: estímulo ao aprendizado contínuo e à inclusão em programas educacionais.

Direito à cultura, ao esporte e ao lazer: participação ativa em atividades culturais, esportivas e recreativas.

Direito ao trabalho: oportunidade de inserção no mercado, respeitando as condições físicas e mentais do idoso.

Direito à cidadania e à liberdade: preservação da autonomia e do direito de ir e vir, de opinião e de expressão.

Direito à dignidade e ao respeito: proteção contra toda forma de negligência, discriminação, violência ou crueldade.

Direito à convivência familiar e comunitária: o idoso deve ser integrado e respeitado no convívio com a família e a sociedade.

Atendimento preferencial: um direito que deve ser respeitado

Um ponto muito importante — e que muitas vezes é negligenciado — é o atendimento preferencial imediato e individualizado. Esse direito se aplica em todos os órgãos públicos e privados que prestam serviços à população, incluindo:

  • Estabelecimentos de saúde;
  • Repartições públicas;
  • Instituições financeiras;
  • Empresas de transporte;
  • Supermercados e farmácias.

O não cumprimento dessa prioridade pode ser denunciado e está sujeito a penalidades previstas em lei.

A informação é o primeiro passo para a proteção

Infelizmente, muitos idosos e seus familiares não conhecem os direitos garantidos por lei. Por isso, compartilhar informações como essas é uma forma poderosa de promover o respeito, prevenir abusos e garantir um envelhecimento mais justo e amparado.

Para quem deseja consultar o texto completo do Estatuto do Idoso, é possível acessá-lo gratuitamente no site do Planalto:

Acesse a íntegra da Lei nº 10.741/2003

Saúde do idoso
Dra. Sibelle Tierno

Como evitar a perda de memória.

A perda de memória pode fazer parte do envelhecimento natural, mas alguns hábitos ajudam a preservar a saúde do cérebro. No blog, a Dra. Sibelle Tierno, médica geriatra em São Paulo, orienta sobre os cuidados com a memória: atividade física, exercícios cognitivos, boa alimentação, sono de qualidade e uso de estratégias no dia a dia. Quando o esquecimento começa a interferir nas tarefas cotidianas, é hora de procurar um geriatra para avaliação. Prevenção, cuidado e atenção fazem toda a diferença!

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Autora
Dra. Sibelle Tierno

 

Sou médica formada pela Universidade Federal de Santa Maria, com residência em Clínica Médica e especialização em Geriatria pelo Hospital das Clínicas da USP. Também me aprofundei em Cuidados Paliativos no Hospital Sírio-Libanês, pois acredito que a medicina deve olhar para o paciente de forma integral, sempre priorizando o conforto e a dignidade.

Por que buscar um geriatra?

O acompanhamento especializado ajuda a prevenir complicações, melhorar sintomas e proporcionar mais conforto no dia a dia. Não espere para buscar um cuidado adequado para você ou para quem você ama.